sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Lentes de contato podem substituir colírio

Cientistas criaram lentes que liberam doses de medicamentos uniformemente, enquanto o paciente as estiver usando.

Colírio pode ser, em breve, coisa do passado. Pesquisadores da Universidade de Auburn, nos EUA, desenvolveram um tipo de lentes de contato que substitui a função dos remédios oculares. Elas liberam doses de determinado remédio uniformemente, sem alterar a visão natural do paciente, enquanto ele as estiver usando.

Segundo os cientistas, o método é aproximadamente 100 vezes mais eficaz do que pingar colírios nos olhos. Geralmente, estes medicamentos perdem o efeito dentro de 30 minutos a 1 hora, exigindo que o usuário reaplique repetidamente durante todo o dia. Isto pode fazer com que ele esqueça de algumas doses, além de provocar dores fortes nos olhos.

Já as lentes de contatos especiais – que podem ser de grau ou não – liberam uma concentração constante de medicamento, independente de onde o usuário esteja, enquanto ele a estiver usando. As lentes diárias podem ser usadas por até 24 horas, e as de uso prolongado são eficazes por até 30 dias.


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Fonte: http://revistagalileu.globo.com

Brasileiros testam com sucesso técnica para tratar a infertilidade

Investigadores brasileiros deram um passo importante no estudo de reprodução humana ao testar com sucesso em bovinos uma técnica para recuperar o desenvolvimento de óvulos de mulheres inférteis. O estudo foi capa da edição de Fevereiro da revista Reproductive Biomedicine, avança o estadão.com.br.

A técnica consiste na transferência de pequenas porções de citoplasma provenientes de óvulos de mulheres mais jovens para óvulos de mulheres inférteis. "Havia a hipótese de que essa transferência de citoplasma pudesse suprir possíveis deficiências dos óvulos dessas mulheres com problemas de fertilidade", apontou Marcos Chiaratti, um dos autores do artigo sobre o estudo e Pós-doutorando da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP.

Segundo Chiaratti, a técnica tem grande implicação para mulheres que sofrem de infertilidade, principalmente devido ao envelhecimento. "De acordo com a Sociedade Norte-Americana de Medicina Reprodutiva, 30% das mulheres entre 35 e 39 anos de idade são inférteis e esta percentagem cresce para 64% entre as mulheres com 40 a 44 anos", disse.

A técnica já foi reproduzida em seres humanos na década de 1990 e gerou pelos menos 16 crianças nos EUA e outros países, mas como não se sabia exactamente como funcionava, e como duas crianças nasceram com defeitos cromossómicos, a técnica foi proibida pela Food and Drug Administration (FDA), entidade que regula os medicamentos nos EUA.

"Hoje, sabemos que esses defeitos não foram causados pelo uso da técnica, mas porque há uma incidência maior desses defeitos cromossómicos na gravidez de mulheres mais velhas. No caso das vacas, nenhum dos animais nascidos apresentou qualquer anomalia", disse Chiaritti.

Uma das principais preocupações da FDA era se a técnica permitiria a perpetuação de patologias hereditárias das mães com quadro de infertilidade.

Nos últimos anos, vários trabalhos têm investigado a técnica em modelos animais, confirmando os resultados prévios descritos em humanos. "A nossa experiência gerou animais saudáveis em 100% dos casos. Como foi feito em bovinos, é um excelente indicativo de que a técnica é segura também para humanos", avalia Chiaritti.

Na experiência dos investigadores brasileiros, os óvulos bovinos foram submetidos a aplicação de brometo de etídio. A droga tem efeito específico nas mitocôndrias e o defeito causado nos óvulos simulava o problema das mulheres que sofrem com a infertilidade. "Depois disso, utilizamos a técnica de transferência de citoplasma e tivemos uma recuperação de 100% do rendimento dos óvulos, em termos de desenvolvimento embrionário", afirmou o investigador.

Com as mulheres priorizando a carreira profissional e deixando para ter filhos mais tarde, a técnica poderá auxiliá-las a prolongarem a idade reprodutiva e terem uma gravidez de baixo risco em idade avançada.



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Fonte: http://www.rcmpharma.com/news/12580/15/Brasileiros-testam-com-sucesso-tecnica-para-tratar-a-infertil

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Câncer de próstata

Câncer de próstata. Neoplasma maligno, normalmente adenocarcinoma, é a segunda causa principal de mortes por câncer de homens americanos. É raro que ocorra antes dos 50 anos; porém, uma grande parte dos homens irá desenvolver câncer de próstata conforme envelhecerem. Não se sabe o que causa este tipo de câncer e não há evidencia alguma de que a hipertrofia prostática benigna (HPB) venha a se desenvolver em câncer. O que sabemos é que, após se desenvolverem dentro da próstata, as células cancerígenas podem transvasar pela parede da glândula (a capsula) e disseminar-se para outras áreas. Com o tempo o câncer invade os nódulos linfáticos, passando logo para outros órgãos e produzindo resultados fatais. Pode ser que no início não haja sintomas, mas, conforme a doença progride, sinais de obstrução do fluxo urinário ou dor nos ossos poderão aparecer. O câncer de próstata é dito ter quatro etapas: A ou B quando se crê que o câncer está circunscrito à glândula prostática; C quando o câncer já afetou as áreas imediatamente adjacente à próstata; e D quando o câncer já afetou outras áreas fora da região prostática. A etapa D é incurável.
Prevenção do câncer de próstata: uma dieta baixa em gorduras é recomendável. Um estudo na Universidade Loma Linda, Califórnia, analisou mais de 6,500 homens e concluiu que havia uma incidência de câncer de próstata 3.6 vezes maior em homens que consumiam grandes quantidades de carne e produtos lácteos em comparação com aqueles que comiam muito pouco ou nenhum desses alimentos. Estudos na Ásia e na África do Sul também constataram menor risco entre homens que mantêm uma dieta baixa em gorduras.
O diagnóstico precoce de tumores mediante um exame retal de rotina e exame de sangue do antígeno prostático específico (PSA) podem levar à iniciação do tratamento enquanto o tumor ainda está localizado na próstata. Recomenda-se que todos os homens acima de 50 anos façam anualmente um exame retal e um teste de PSA. Ao inserir no reto um dedo coberto por luva, o médico consegue sentir se tem algum nódulo ou área de firmeza ou dureza questionável na próstata. Se alguma anormalidade for detectada ou se o PSA estiver muito alto, uma biopsia é feita. Ultra-som também pode ser feito para que os nódulos na próstata possam ser vistos e medidos mais claramente.
Tratamentos para o câncer de próstata: A prostatectomia radical, procedimento de cirurgia maior que consiste na recessão da próstata e das vesículas seminais adjacentes, é a primeira recomendação dos urólogos, mas este procedimento está associado com complicações as quais precisão ser consideradas. Em primeiro lugar, a cirurgia não é garantia de cura, não assegurando com que o período de vida do paciente seja maior. Em segundo lugar, muitos homens sofrem de incontinência urinária logo após a cirurgia, o que obriga alguns a usar absorventes. Finalmente, mesmo após uma prostatectomia com triagem de nervos, 70% dos pacientes perdem sua capacidade de ter uma ereção.
Radioterapia: A irradiação de precisão combinada (CPI) combina o uso de dois tipos de radioterapia que, diz-se, quando utilizados separadamente são menos eficazes, produzindo resultados ruins. Essa técnica usa ultra-som para guiar o colocação de sementes de iodo radioativas na próstata e nas vesículas seminais, passando através do períneo. Essa operação simples leva de 30 a 40 minutos e o paciente já pode ir para casa na mesma tarde ou no dia seguinte. A radiação pós implante do acelerador da próstata começa três semanas depois da implantação e é feita cinco vezes por semana por seis semana. Uma alternativa para este processo consiste em fazer uma incisão, dentro da qual se coloca as sementes, o que também permite a remoção dos nódulos linfáticos suspeitos.
Terapia hormonal manipulativa: Castração ou medicação (agonistas ou estrogêneos LH-RH) podem ser usados. Ao reduzir demasiadamente o hormônio masculino (testosterona), o tumor reduzirá e os sintomas causados pelo câncer diminuirão ou cessarão . Essa forma de tratamento só se utiliza se o câncer for incurável por meio de cirurgia ou irradiação, ou quando o paciente não é um bom candidato para o tratamento curativo.
Cirocirurgia: Em pacientes seletos, a congelação da próstata, mediante o uso de uma sonda especial e um equipamento que controla transmissões radiofônicas, se mostrou efetiva.
Esperar e vê o que acontece é outra opção, especialmente popular entre pacientes de 70 ou mais, que sofrem de câncer assintomático e de desenvolvimento lento.
Efeitos secundários causados pelo câncer de próstata: Apesar da técnica de triagem de nervos, a capacidade de atingir ou manter uma ejaculação satisfatória para relações sexuais pode ser afetada, quando nervos necessários para a ereção são lesionados ou sacrificados durante o tratamento ou remoção do câncer.
O que posso esperar da minha visita ao meu médico? Se o seu médico não fizer um exame retal ou de PSA em você, tendo você mais de 50 anos, ( ou mais de 40 se tiver um precedente familiar), você mesmo deverá os solicitar. Existem campanhas como a semana nacional de saúde prostática, ou coisa similar, durante a qual clínicas e/ou médicos se propõem a fazer os exames de graça.
Você deve perguntar ao seu médico sobre maneiras de como se lidar com a disfunção erétil (impotência) que pode ocorrer após a operação ou outro tratamento para câncer prostático. O uso da terapia de vácuo externo pode permitir que relações sexuais ocorram até que a potência retorne ou pode ser usada indefinidamente se a habilidade erétil tiver sido perdida para sempre. Pode ser iniciada seis semanas após o término da cirurgia e alguns informes sugerem que ela pode até acelerar o processo de recuperação e reduzir a produção de tecido de cicatrização. A injeção peniana é outra opção eficaz. Atualmente, os médicos só recomendam implante de prótese em último caso.
Será o meu relacionamento com minha parceira afetado pelo câncer de próstata?
Talvez. Homens e mulheres totalmente devotos um ao outro e comprometidos num relacionamento sincero não chegam a expressar preocupações, pois apenas encontram uma maneira de adaptar-se ao desencanto sexual causado pelo câncer de próstata e seu tratamento. Com o tempo, vendo-se incapaz de enfrentá-lo, o casal perdem sua auto estima, se distanciam um do outro e separação pode ocorrer. Homens solteiros podem ficar relutantes em aventurar-se num relacionamento novo.
Seja aberto e sincero com sua parceira. Converse sobre ambas preocupações. Faça uma lista com ambas suas perguntas e visitem o médico juntos para esclarecê-las. Se sua companheira estiver disposta a cooperar e apoiá-lo, a habilidade de desfrutar as relações sexuais novamente pode ser restaurada após uma cirurgia de próstata.


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Faça exercícios

Preguiça e qualidade de vida não combinam. Também não é preciso ser um superatleta para melhorar seu desempenho aeróbico, evitar as doenças modernas e viver mais. Exercitar-se durante meia hora por dia poderá aumentar muito sua vida. Experimente
Quem não gostaria de ter mais tempo para se exercitar e cuidar da saúde? Infelizmente, o ritmo de vida que levamos nem sempre nos permite isso, e, seja por motivos pessoais, seja por profissionais, acabamos nos esquecendo de algo tão importante em nosso cotidiano: a atividade física. A corrida e a caminhada são os meios mais simples, rápidos, baratos e acessíveis a todos para alcançar esse objetivo. “Qualquer atividade física que você faça para melhorar sua qualidade de vida é importante”, aponta o professor de educação física e proprietário da equipe Race de corrida, Ricardo Arap.
A tecnologia trouxe inúmeros benefícios inquestionáveis à vida do homem. Porém, o século XX marcou nitidamente um sedentarismo progressivo, graças à mudança de hábitos dos indivíduos. O ser humano caminhava mais e os alimentos eram totalmente naturais. Hoje, é possível viver durante muito tempo sem sair de casa, e tudo pode ser pedido via Internet ou telefone. Trocou-se a boa alimentação pela facilidade do fast-food e dos enlatados. “Nem precisamos ir muito longe e chegar ao tempo das cavernas. Há 50 anos, não existiam carros para todos, máquinas de lavar roupa ou louças, elevadores, escadas rolantes, controle remoto etc. Por isso, homens e mulheres se movimentavam muito mais do que agora, gerando gasto calórico e perda de energia. O que não ocorre hoje”, diz Victor Matsuda, médico-presidente do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Solução

A solução para essa problemática moderna é mais simples do que você pode imaginar. É possível manter-se em forma com uma breve rotina de treinos, desde que você já tenha um nível médio de condicionamento. Mas, em prol da saúde, nunca é tarde para começar, haja vista a determinação do maior instituto mundial relacionado a saúde, esportes e atividade física, o American College of Sports Medicine (ACSM) e o Center for Disease Control and Prevention/USA. As orientações que recebem o nome de exercise lite indicam que um adulto deve acumular 30 minutos ou mais de atividade física, numa intensidade no máximo moderada, de preferência em todos os dias da semana.
Os corredores de plantão podem facilmente cumprir essa determinação. Segundo o personal trainer Ricardo Arap, “primeiro, você precisa criar uma rotina dentro de sua vida para que esses 30 minutos façam parte dela. Em segundo lugar, você precisa saber valorizar e executar bem seu exercício durante esses 30 minutos”.
O nível de intensidade moderada corresponde a uma atividade na qual o gasto calórico fique aproximadamente entre 220 e 440 kcal/hora para uma pessoa de 70 quilos. No Brasil, O Celafiscs (www.celafiscs.com.br) organiza o projeto Agita São Paulo para promover a prática de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos por dia, realizada com freqüência para sedentários.
Muitas vezes, o corredor se vê impedido de seguir sua planilha de treinos normalmente, por causa de uma viagem ou por falta de tempo. “Se considerarmos uma pessoa que só pode fazer 30 minutos, você já encontrará benefícios consideráveis nesse período, mas é importante deixar claro que uma atividade física ideal é de 45 minutos a uma hora por dia. Podemos encontrar benefícios como melhoria na parte cardiorrespiratória, na auto-estima, na qualidade de vida e no humor”, aponta Arap.
Para o presidente da Associação dos Técnicos de Corrida, Cláudio Castilho, um treino de 30 minutos pode ser o suficiente para quem roda até 60 quilômetros por semana. “Nesse patamar, é possível manter esses treinos curtos sem gerar déficit e ainda conseguir manter a forma e a curva de ascensão”, explica.
O importante, de acordo com Castilho, é ter opções variadas dentro dessa meia hora. “Podemos usar treinos progressivos, no limiar aeróbico, intervalado curto etc.” Para quem participa de provas curtas, só estará perdendo a parte aeróbica da sessão.
Castilho não recomenda treinos de meia hora para aqueles que pretendem completar provas longas. “Em média, sem atividade física nenhuma, após 72 horas, começa o declínio de nossas condições físicas. Quem estiver treinando para realizar uma prova de longa distância, como uma meia-maratona ou uma maratona, e precisar interromper os treinos longos por algumas semanas deve retornar gradativamente aos volumes anteriores. É preciso recuperar o volume aumentando a rodagem cerca de 20% por semana, por isso o treino de apenas meia hora é recomendado para os que não querem perder a forma física.”

Conselhos

Arap salienta que os treinos de 30 minutos conseguem retardar a porcentagem de condicionamento perdido e ainda dá as dicas para otimizar seu tempo e evitar complicações:

• Apesar do pouco tempo, jamais deixe de alongar antes e depois das sessões;

• Tenha o mesmo cuidado com a alimentação e a hidratação (não faça atividade em jejum);

• Dose o treinamento (não treine fortemente só porque o tempo é curto);

• Mantenha uma rotina.

Dicas

• Está sem tempo? Vai treinar pela manhã? Então deixe seu material preparado na noite anterior (tênis, meias, mochila, roupas etc.);

• Ficar em forma é mais doloroso do que manter o condicionamento, uma vez que você já tem um nível mínimo. Portanto, não pare de treinar!;

• Se você ainda não tem uma boa condição física, mantenha a regularidade e não force demais;

• Tente trocar o carro ou o ônibus por uma boa caminhada para o trabalho naqueles dias em que será impossível ter um tempinho para a atividade física;

• Procure, pelo menos uma vez por dia, trocar o elevador pelas escadas;

• Para quem busca apenas a saúde, essa meia hora de treino diário pode ser fracionada em dez minutos pela manhã, dez minutos à tarde e dez minutos à noite;

• Lembre-se de que, com a atividade física, é possível ter o HDL, ou seja, colesterol bom.
Benefícios
Alexandra Marçal, professora de educação física do Celafiscs, afirma que 30 minutos de exercícios diários geram os seguintes benefícios de manutenção da saúde:

• Melhora cardiorrespiratória;

• Ganho de massa muscular;

• Prevenção contra diabetes, colesterol, problemas de colunas, problemas circulatórios;

• Prevenção de doenças cardíacas.

Você sabia?

Dados recentes do Centers for Disease Control and Prevention de Atlanta (CDC) apontam que mais de 2 milhões de mortes por ano podem ser atribuídas à inatividade física, em função de sua repercussão no incremento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como os problemas cardiovasculares, de câncer e diabetes, que responderam em 1998 por quase 60% das mortes (71,7 milhões) no mundo – índice que alcançaria 73% em 2020 se forem mantidas as tendências atuais. O pior é que 77% dessas mortes acontecem em países em desenvolvimento.
As mesmas fontes confirmam que, só nos Estados Unidos, o sedentarismo contribuiu com US$ 75 bilhões dos custos médicos em 2000, mostrando assim que seu combate merece prioridade na agenda de saúde pública. Dados levantados na Austrália indicam que, para cada aumento de 1% no nível de atividade física da população adulta, haveria uma economia de US$ 7 milhões em custos potenciais de tratamento de infartos do miocárdio, derrame cerebral, diabetes, câncer de cólon e de mama, assim como depressão.



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Fonte: UOL

Amamentar reduz risco de câncer de mama, diz estudo

Amamentar por um ano pode reduzir riscos em quase 5%, segundo pesquisa.

Mães que amamentam seus filhos por um total de um ano reduzem em quase 5% os riscos de desenvolver câncer de mama, sugere uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da World Cancer Research Fund, uma organização de pesquisa sobre a doença. Eles fizeram uma revisão de quatro estudos sobre amamentação e concluíram que amamentar por pelo menos um ano reduz os riscos de desenvolver esse tipo de câncer em 4,8%.

De acordo com a pesquisa, os 12 meses de amamentação não precisam ser contínuos - amamentar dois bebês durante seis meses, por exemplo, teria o mesmo efeito na saúde das mães.

"Queremos levar adiante a mensagem de que amamentar é algo positivo que as mulheres podem fazer para reduzir o risco de câncer de mama", disse Rachel Thompson, que coordenou o estudo.

"Reduzir o risco em 5% pode não parecer muito, mas quanto mais tempo uma mulher amamentar, mais irá reduzir esse risco", afirmou Thompson.

Benefícios

Segundo os pesquisadores, a amamentação diminui os níveis de alguns hormônios relacionados ao câncer no sangue das mães.

Além disso, depois do período de aleitamento, o corpo elimina quaisquer células que podem ter o DNA danificado nas mamas, o que também contribui para uma diminuição no risco de desenvolver a doença.

O estudo ressalta ainda que os efeitos da amamentação não ocorrem apenas no corpo das mães, mas estendem-se para a saúde dos bebês.

A revisão das pesquisas sobre o aleitamento materno indica que bebês que foram amamentados são menos propensos a consumir muitas calorias ou proteínas em excesso e se tornarem obesos.

O excesso de gordura no corpo aumenta o risco de pelo menos seis tipos de câncer - nos rins, pancreático, no esôfago, de mama no período pós-menopausa, endometrial e nos intestinos.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que amamentar pode diminuir os riscos de desenvolver outros problemas de saúde nas mães, como artrite e a diabetes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que mães alimentem seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e continuem a oferecê-lo junto a outros alimentos até os dois anos de idade.

Os pesquisadores da World Cancer Research Fund recomendam a mesma prática.

"Porque as provas de que amamentar reduz os riscos de desenvolver câncer de mama são tão convincentes, recomendamos que as mulheres amamentem seus filhos durante seis meses e depois continuem com uma dieta complementar", afirmou Thompson. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


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Fonte: http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia.asp?busca=sim&id=11734

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Médicos recomendam avaliação regular de depressão em adultos

Avaliar sintomas de depressão em todos os adultos durante os exames médicos anuais poderia ser o primeiro passo para tratar milhões de norte-americanos que sofrem com o problema, segundo uma equipe de clínicos gerais. A equipe da Agência para Pesquisa e Qualidade do Atendimento de Saúde enfatizou que os médicos também deveriam ser capazes de tratar os doentes com antidepressivos ou aplicar outras abordagens recomendadas como a terapia comportamental, além de avaliar junto com os pacientes se houve benefícios a partir do exame inicial.A recomendação faz parte de um artigo publicado na edição de 21 de maio do Annals of Internal Medicine e caracteriza uma alteração nas diretrizes anteriores, divulgadas em 1996. Esse trabalho concluiu que não havia evidências suficientes para aconselhar exames formais regulares. Os médicos eram incentivados a reconhecer os sintomas de depressão como letargia e perda do interesse nas pessoas ou nas atividades apreciadas anteriormente.
Nos últimos oito anos, alguns estudos demonstraram que os pacientes podem ser beneficiados por exames simples realizados regularmente e acompanhamento, disse Alfred Berg, pesquisador da Universidade de Washington, em Seattle, e membro da força-tarefa que elaborou as diretrizes. "Esperamos que mais instituições coloquem em prática os sistemas necessários à implementação destas orientações", disse Berg.
Na opinião do especialista, não há um instrumento de avaliação ou um procedimento mais eficiente que outro. Pode ser suficiente simplesmente perguntar ao paciente como ele está. Por exemplo, uma pessoa que admite ter pouca esperança ou pouco prazer em atividades normalmente apreciadas pode ser um candidato a testes mais profundos para diagnosticar o problema. Segundo a Preventive Services Task Force dos Estados Unidos, grupo que avalia ações de saúde preventivas, até metade dos 5 a 9% de adultos que apresentam depressão não são diagnosticados.
Mulheres, pacientes com distúrbios crônicos, desempregados e pessoas com história familiar de depressão têm um risco maior. O comitê não recomendou exames regulares em crianças e adolescentes, mas estimulou os médicos a permanecer atentos aos sinais da doença. Cerca de 2% das crianças e quase 5% dos adolescentes que procuram um médico regularmente podem apresentar depressão, indicou o documento.